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segunda-feira, fevereiro 28, 2005

O DILEMA

Por vezes na vida deparamo-nos com algumas situações em que não sabemos que atitude tomar.

Neste caso específico, se por um lado, se quer manter um hábito já enraízado, por outro sente-se que há realmente alturas em que se tem de bater com o pé no chão e não compactuar com certas e determinadas situações.

Como já devo por aqui ter referido, sou um leitor habitual da Maxmen. Ao contrário do que muitas das nossas meninas possam pensar, tal não se deve de forma alguma às fotografias que por lá aparecem (até porque na net se encontram as mesmas e muitas mais) de algumas raparigas que acederam ao pedido que lhes foi feito (ao contrário de umas e outras, mas adiante...). Compro-a, porque acho que é uma revista que tem alguns textos interessantes, tem piada e realmente as fotografias também não fazem mal a ninguém...;-)

Até aqui, tudo bem. Agora, o grande problema é que este mês a sucessora de raparigas como a Marisa Cruz e a Isabel Figueira, entre muitas outras é a ... Pimpinha Jardim?!?!?!?!? Com tantas e tantas raparigas jeitosas que andam por aí???? Parece impossível...

Acho que é contra este género de situações que a sociedade civil em peso se deve insurgir. É que é quase uma questão de princípios. Vamos lá a ver isso...




sexta-feira, fevereiro 25, 2005

DIZ NÃO À DROGA

Na sociedade de consumo em que vivemos actualmente, torna-se cada vez mais difícil à maior parte de nós fugir a duas coisas: ao trabalho (que nos dá o rendimento que propicia o consumo) e à publicidade (que nos procura incitar ao dito).

Se quanto ao primeiro não há muito a fazer (pode-se tentar sempre o desemprego, mas não é uma solução particularmente positiva), torna-se cada vez mais difícil escapar à segunda.

Claro que há sempre a opção de viver uma vida de eremita ou enclasuramento, mas não é fácil. Ao que parece, até já nas solitárias das prisões há uma ou outra mensagem publicitária.

Aliás, como prova do exagero a que se está a chegar, já tenho visto várias referências a situações em que pessoas vendem partes do seu corpo como espaço publicitário. E eu por mim tudo bem. Agora, há dois tipos de publicidade que me têm vindo a chatear.

- A entrega de folhetos à entrada do metro - É que uma pessoa até se pode conseguir esquivar aos três primeiros, mas já não consegue evitar os seguintes. E tudo isto para poder ler folhetos que vão desde Cursos de Informática ("olha, é verdade, estava mesmo a precisar de um destes"), consultórios de dentista ("E eu aqui com esta dor de dentes. Olha que sorte..."), até aos sempre extraordinários videntes/sábios africanos (em que o Professor Karamba assume já um estatuto considerável).

Não me parece que tenham grandes resultados, mas há que assumir que é uma publicidade que não deve sair cara. Não que os folhetos sejam particularmente baratos, mas sempre devem conseguir recuperar aí uns 93% deles nos caixotes de lixo do metro...

- A publicidade nas casas de banho - Nem é que eu ache que a ideia é má (apesar de se poder argumentar que a associação de ideias poderá não ser particularmente lisonjeira para o produto anunciado), mas o facto é que a grande maioria desta publicidade anuncia... o próprio serviço de publicidade nas casas de banho. Desde o "86% das pessoas recordam a publicidade que viram na casa de banho" ao já mítico "Toda a gente faz o que você está a fazer", a torrente de frases não acaba. Já que o serviço tem tantos pontos positivos, porque é que não aproveitam para anunciar alguns produtos???

Agora, eu bem sei que esta denúncia pode vir a custar alguns patrocínios ao BV, mas senti que tinha de denunciar esta situação...




quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Onde é que ela iria?

"ONDE É QUE ELA VAAAAI? VAIS COM OS CORNOS NO AAAAR OU QUÊ!?"

Foi isto que ouvi dizer um dia destes numa rua de Lisboa. Quem o disse - um pai de meia idade, barba por fazer, aspecto rude, barrete sujo do S.C.P. e uma filha pequena pela mão. Quem o ouviu - a cidade inteira. Dirigia-se a uma outra filha de dez anos - se tanto - vestida em tons de castanho, com olhar altivo, que seguia numa direcção diferente da que deviam tomar.

Senti repugna por aquele gajo. Achei que não devia ter os mesmos direitos que tem quem não trata uma filha assim. Não devia! A permissão de atitudes destas abre, a meu ver, caminho à permissão da violência. E ainda há quem ria quando vê ou ouve cenas destas...
Menyna, tu que percebes disto, achas normal a intolerância que sinto crescer em mim?

Quantos brutos (e brutas) existirão no país real? Não se poderá pensar numa espécie de "solução final" para eles? Desculpem lá a intolerância, mas vai-me faltando a paciência...

PS: Dias depois de escrito este post, vi uma mulher acatar os gritos da besta do marido num El Corte Inglês (Lá fui eu às compras outra vez!) pejado de gente e voltei a passar no local onde AINDA se lê "Porto é merda" e um cabrão agora acrescentou um esclarecedor "Morte aos tripeiros"...
McGyver




quarta-feira, fevereiro 23, 2005

FRASES BONITAS

- Ao cumprimentar uma rapariga conhecida (manter ar casual): Bom dia! Então, já levaste alguma hoje? (sempre dá para quebrar a monotonia nos cumprimentos matinais);

- Ao encontrar uma rapariga que comente habitualmente no BV: Ainda estou à espera... Isto quem paga adiantado, acaba sempre mal servido (é que até o POUS conseguiu receber 5.572 votos. Aqui, basta trocar uma letra e não se recebe nem uma...);

- Numa loja, interpelando o lojista (manter ar sério): Diga-me cá - isto aqui é merda para custar quanto?

- Quando questionado sobre a validade de alguma decisão (manter ar compenetrado): Eh pá, não me costumam dizer que sou muito inteligente só porque consigo contar até 25 com os olhos fechados.

Mais algumas sugestões?

Entretanto, se virem aqui, estará a ser combinado um jantar de blogues em Coimbra, neste próximo sábado. Fui desafiado pelo incomensuravelmente grande Eye of the Tiger para dar lá um saltinho. A ideia até nem me parece má, até porque podemos sempre aproveitar para a já anteriormente falada reunião a meio caminho. Que é que dizem?




terça-feira, fevereiro 22, 2005

REFLEXÃO

Não sei se já terá entrado em vigor em Portugal o código de estrada que obriga à existência de coletes reflectores que os ocupantes do veículo possam usar quando por algum motivo (avaria, acidente, etc.) são obrigados a parar na estrada, de forma a que sejam visíveis para os condutores dos veículos que por eles passam.

Pelo menos em Espanha, pude comprovar que são poucos os carros parados na berma, seja porque motivo for, em que os ocupantes do veículo não saiam com o colete vestido.

Agora, eu até acredito que nalguns casos se evitem alguns acidentes (nomeadamente no caso dos cidadão cegos e/ou surdos que não vejam/ouçam um carro a aproximar-se e se ponham no meio da estrada), mas o facto é que também há um aspecto negativo: no caso de o condutor do carro que vai a passar querer atingir os transeuntes, não será muito mais fácil acertar-lhes se eles estiverem a usar os ditos coletes? Estou em crer que ninguém pensou nisso...




segunda-feira, fevereiro 21, 2005

QUESTÕES ELEITORAIS

Ainda na sequência das eleições de hoje, há uma série de questões que me parece que ficaram por responder:

- Será que Santana Lopes ainda vai processar as empresas de sondagens? Ou será que as empresas de sondagens vão processar Santana Lopes por difamação?

- Na cobertura das eleições, não podiam ter dado um voltinha pelas outras forças eleitorais? Uma passagem pela casa do Manuel Mont, ops, sede do PND, onde ele estaria reunido com todos os 7 apoiantes tinha sido simpático, não?

- Por que é que será que as actrizes dos filmes pornográficos estão sempre de saltos altos?

- Será que os líderes dos pequenos partidos também fazem declarações no fim das eleições? O que terá dito o Garcia Pereira após a 14ª eleição em que não conseguiu um lugar de deputado? E a Carmelinda Pereira, com os seus 5.572 votos? Teria um objectivo de 5.000?

- Dos pequenos partidos, o mais votado foi o PCTP-MRPP. Mesmo assim, ficou bastante longe dos votos nulos e dos votos em branco. Não será deprimente estar a fazer campanha para chegar à conclusão que há mais pessoal que gosta de fazer desenhos no boletim do que votar em nós?




domingo, fevereiro 20, 2005

VOTEM BEM...

A única coisa que me preocupa é mesmo que as eleições sejam num Domingo. Sabe-se lá quantas pessoas é que não vão votar ainda alcoolizadas depois de sair sábado à noite e ainda acabam a votar no Santana... Para quando o balão à entrada nas urnas?




sexta-feira, fevereiro 18, 2005

TESTE À CRIATIVIDADE

Após mais de um ano de existência, já foram escritos no BV cerca de 350 posts. Apesar de alguns também terem sido escritos pelo McGyver (talvez uns 10%) e alguns pelo 7, a grande maioria teve mesmo de ser escrita por mim.

Naturalmente, não tenho qualquer método fixo para escrever estes posts. Às vezes as ideias surgem ao longo do dia, outras quando estou por aqui sentado a escrever. Outras ainda vão surgindo e vou escrevendo-as no telemóvel com palavras-chave, para poder mais tarde recuperar as ideias.

Quanto a estas últimas, já por vezes não apontei algumas ideias que na altura achei piada e que entretanto me esqueci e outras ainda não estou muito bem em que é que estava a pensar. E é aqui que vocês entram.

No outro dia, dei conta de uma mensagem que escrevi e que posteriormente me lembrei que era uma ideia para o blog que tinha achado muito gira, mas já não me lembro do que é que seria.

A mensagem dizia: Sun+Cancro+Tijolo. Alguém tem alguma ideia de como é que isto podia vir a transformar-se numa piada ou num texto humorístico? Ponham lá essa vossa criatividade a funcionar...




quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Extremos

Hoje vesti fato e gravata. Quando visto fato e gravata, não sei se me confundem com alguém, mas sinto-me olhado pelas mulheres em geral. Ainda não percebi porquê.
Até ela - aquela gira que só eu acho - olhou para mim. Foi um olhar repetido: primeiro notou e identificou, depois voltou a olhar e reparou. Era mesmo eu. Soube bem...

Durante a tarde, o evento que justificou o fato e gravata. Muito politizado, muito fashion, muito "bem", muito "in", muito piedoso, muito amigo dos pobrezinhos, muito hipócrita, muito falso, muito feio. Soube mal...

O balanço global foi negativo: aquele sorriso matinal, não compensou a quantidade de sorrisinhos diplomátas que tive que retribuir durante a tarde. Mas enfim...

Sinto-me bem quando visto (e regra geral quando dispo) um bom fato e gravata. E vocês?
McGyver




quarta-feira, fevereiro 16, 2005

SOBRE O INSULTO

- Parece-me natural que o desenvolvimento da linguagem insultuosa seja superior no meio da prostituição. Afinal de contas, é preciso ter alguma criatividade para ir além dos insultos habituais ("sua ...", "filha da ...", "vai levar...", "vai pró ..." ou até mesmo os tradicionais "vai-te mas é ..." ou "faz-me um...") que serão porventura muitas vezes factuais ou até mesmo desejáveis do ponto de vista profissional/comercial;

- A prova de que as crianças são inocentes é o facto de acreditarem que deitarem a língua de fora a alguém pode constituir uma ofensa. Eventualmente mais tarde poderão vir a perceber (e algumas mais cedo que outras, ao que parece) que tal poderá estar bem longe de ser considerado como um insulto;

- Porque é que toda a gente há-de reclamar contra o facto de um insulto ser gratuito? Será que achavam melhor pagar por ele? Isso é que já não me parecia bem...




terça-feira, fevereiro 15, 2005

O LADO FEMININO (A PROVOCAÇÃO)

Para retomar o ritmo anterior a este curto (lá está) período de férias, pareceu-me boa ideia falarmos de um assunto que pode gerar alguma controvérsia, mas que não poderá também trazer nova luz sobre estes assuntos.

Ao longo do tempo, por algum motivo, os homens sempre procuraram ocultar, disfarçar ou ignorar o facto de também eles terem um lado feminino. Claro que este pode muitas vezes passar de certa forma despercebido, mas há que assumir que ele está lá e que tem de forma mais ou menos frequente impacto no nosso comportamento e na forma como percebemos e enfrentamos o mundo.

É aliás por isso mesmo que tenho de admitir que eu próprio também tenho um lado feminino. E digo mais ainda: apesar de poder haver alguns homens que se sintam menos à vontade com esse facto, sou capaz de apostar que é algo que todos nós partilhamos, voluntária ou involuntariamente.

Afinal de contas, qual de nós homens nunca falou demais, complicou as coisas simples ou agiu de forma ilógica?




segunda-feira, fevereiro 14, 2005

TAMANHO

Já por aqui discutimos algumas vezes a questão do tamanho. Há quem diga que é fundamental, há quem diga que é irrelevante, há quem ache que pode ter a sua relevância mas que não é muito importante, etc.

O facto é que falamos, discutimos o assunto, mas acabamos por nunca chegar a qualquer conclusão definitiva. Isso até pode ser compreensível, nem que seja pelo facto de que essa sensibilidade poderá sempre depender de pessoa para pessoa.

Agora, uma coisa é verdade: independentemente do seu tamanho e do que se faz com elas, as férias são sempre curtas. Será que aqui também há discordâncias?




sábado, fevereiro 05, 2005

FÉRIAS E TAL

E já que chegámos inteiros ao Carnaval, parece uma boa altura de o BV ir gozar um curto mas inteiramente merecido período de férias. Aliás, pensando bem no caso, será que há uma má altura para ir de férias?

Por outro lado, sempre é razoavelmente chato estarmo-nos a queixar do frio que está por cá e ir de férias para um sítio ainda mais frio, mas por vezes tem mesmo de ser.

De qualquer forma, para não dizerem que vos abandono, para além de poderem continuar a vir aqui comentar e confraternizar à vontade (pode ser que eu também ainda passe por cá para escrever qualquer coisa e garantir que vocês têm tomado bem conta do espaço), introduzi ainda algumas novidades:

- Nova sondagem, em que podem finalmente dar o vosso feedback sobre o Bem Visto (o blog, nada de considerações pessoais);

- Nova feature - Portal de Curiosidades - Mais um motivo para virem cá dar uma vista de olhos;

De resto, quanto aos resultados da sondagem anterior, acho que se pode dizer que os tapinhas obtiveram a maioria absoluta, com 60% de opiniões positivas. Vamos lá a ver se esta também tem tanto sucesso...

Assim, já só me resta mesmo desejar boas férias para quem vai de férias e bom trabalho para quem fica a trabalhar e que Deus nosso senhor nos proteja a todos.




sexta-feira, fevereiro 04, 2005

PROPAGANDA

Por acaso, neste período de campanha eleitoral, os cartazes que têm aparecido têm sido fraquinhos. A começar pelo "VOTO (foto de cabeça de Paulo Portas) ÚTIL" - levando à previsível piada que tem aparecido pela net, em que o que está por trás da foto do Paulo Portas são as letras IN, formando a frase - "VOTO INÚTIL".

Agora, eu diria que o campeão dos maus cartazes é mesmo um do PSD, em que aparece uma fotografia do Santana Lopes, com a frase: "ESTE SIM, SABE QUEM É!".

Desde logo, porque começa por tratar o actual Primeiro-Ministro por "este". E apesar de ser o Santana Lopes e de estar demissionário, este "este" não me parece particularmente bem.

Por outro lado, é confuso - estão-nos a dizer que o Santana Lopes sabe quem é? Ou que nós sabemos quem é o Santana Lopes?

Se for o primeiro caso, apesar de tudo o que tem sido dele e das várias funções que já desempenhou, acho que ainda não foi levantada a questão de o homem ter problemas de identidade.

Se for o segundo caso, a questão é que esse é o grande problema - as pessoas sabem quem é o Santana Lopes. Será que não era melhor tentarem ocultar o facto? Ou, melhor ainda, lançarem um candidato surpresa?




quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Pipocas II

Ontem fui ao cinema. "E se comprássemos pipocas?"... PIPOCAS!? Eu? Eu, que me sentia capaz de mijar nas pipocas - e estou a citar-me - dos que as mastigam no cinema? Hesitei... Não quis, no entanto, que as minhas convicções ferissem o apetite de quem me acompanhava. E não havia tempo para uma palestra explicativa. Rendi-me ao olhar que me perguntava "Que mal tem?".

Comprámos pipocas... A caminho da sala fui pensando: e porque não? Resolvi dar uma hipótese.

Comi pipocas...

Comecei a medo e com cuidado para não me fazer ouvir. Depois perdi o medo... Atordoei o silêncio cinéfilo, incomodei os putos que estavam ao meu lado, torturei a fila à minha frente... Senti-me mau, senti-me infantil... Soube bem. E as pipocas também.

Vinguei-me!

Depois do "the end", esta vingança valeu-me um feminino "Bolas! Para quem não queria pipocas... Comeste metade do pacote!" ao qual respondi só com um sorriso.
Prometo-me e prometo-vos que vou tentar não repetir vinganças destas.
McGyver




quarta-feira, fevereiro 02, 2005

CLOSER

Aqui está um filme que valeu a pena, não só pelo que se pode aprender sobre o assunto de que falámos ontem, mas sobretudo por esta música. Ouçam-na quando puderem...

Damien Rice - The Blower's daughter

"And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time

And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky

I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...

And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time

And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial

I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...

Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?

I can't take my mind off you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off you
I can't take my mind..."




terça-feira, fevereiro 01, 2005

CRIME, DISSE ELA

No outro dia, soube de uma história (que curiosamente vi alguns dias depois no jornal) em que um homem tinha sido morto a tiro num restaurante em Aveiro, quando almoçava com uma senhora, com a qual parece que mantinha uma relação amorosa.

Aparentemente, o homicida foi o ex-marido da senhora em causa. É no entanto de notar que estavam divorciados há cerca de 30 anos. Resta saber se a senhora não teve outros namoros entretanto ou se quando tratou dos outros, o senhor foi mais discreto (o que explicaria pelo menos parte do cheiro da ria de Aveiro).

Agora, calculo que grande parte das pessoas considere que os valores espirituais têm uma ascendência natural sobre os valores materiais. Então, se o valor espiritual em causa for o amor, tenho ideia de que serão poucos a distanciarem-se dessa posição.

No entanto, na nossa sociedade actual, se alguém remover um bem material sem o conhecimento e/ou consentimento do seu proprietário, com intenção de o privar permanentemente da sua posse (ou seja, em caso de roubo), o eventual criminoso poderá ser condenado a uma pena de cadeia.

Por outro lado, se se "roubar" a mulher/marido ou namorada(o), de alguém, não há lugar a qualquer intervenção judicial ou poucos sinais de ostracização social do perpetrador, sendo geralmente aceite ou até muitas vezes encorajado, de uma forma que não acontece com o roubo de algo material. Ou já ouviram muitas vezes alguém a dizer: "Isso, persegue a tua felicidade. Rouba-lhe lá o Ferrari e vivam felizes para sempre..."?

Claro que há motivos para que tal aconteça (como a falta de sentimentos ou de poder de decisão dos bens materiais, por exemplo), mas não deixa de ser curiosa a inversão de valores nesta situação, até porque muitas vezes os sentimentos do eventual adúltero só surgem após as tentativas iniciais do/da conquistador(a). Vamos lá a pensar nisto um bocadinho...




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