Bem Visto

ELEIÇÕES

Este já vai um bocado atrasado, mas tenho ideia de que a abstenção nas últimas eleições intercalares de lisboa só conseguiria ser maior se os eleitores tivessem de pôr nas urnas votos de castidade.

"Grace Kelly"

Do I attract you?
Do I repulse you with my queasy smile?
Am I too dirty?
Am I too flirty?
Do I like what you like?

I could be wholesome
I could be loathsome
I guess I'm a little bit shy
Why don't you like me?
Why don't you like me without making me try?

I try to be like Grace Kelly
But all her looks were too sad
So I try a little Freddie
I've gone identity mad!

I could be brown
I could be blue
I could be violet sky
I could be hurtful
I could be purple
I could be anything you like

Gotta be green
Gotta be mean
Gotta be everything more
Why don't you like me?
Why don't you like me?
Why don't you walk out the door!

How can I help it
How can I help it
How can I help what you think?
Hello my baby
Hello my baby
Putting my life on the brink

Why don't you like me
Why don't you like me
Why don't you like yourself?
Should I bend over?
Should I look older just to be put on the shelf?

I try to be like Grace Kelly
But all her looks were too sad
So I try a little Freddie
I've gone identity mad!

I could be brown
I could be blue
I could be violet sky
I could be hurtful
I could be purple
I could be anything you like

Gotta be green
Gotta be mean
Gotta be everything more
Why don't you like me?
Why don't you like me?
Why don't you walk out the door!

Say what you want to satisfy yourself
But you only want what everybody else says you should want

I could be brown
I could be
could be violet sky
I could be hurtful
I could be purple
I could be anything you like

Gotta be green
Gotta be mean
Gotta be everything more
Why don't you like me?
Why don't you like me?
Why don't you walk out the door!

Uma letra particularmente bem escrita. Mais informação, e respectiva música, aqui[http://www.mikasounds.com/uk.php].

McGyver

COMUNICAÇÃO SOCIAL

Tem piada que neste mundo cada vez mais mediatizado, estou cada vez mais farto da comunicação social. Raros são os jornalistas que percebem do que é que estão a falar.

São particularmente superficiais, repetitivos, desinteressantes, raramente fazem as perguntas que interessam, prendem-se nos pormenores que menos interessam e por aí fora. E nesta fase, ainda estou a falar dos jornais/revistas 'sérios', sem incluir os 24h e coisas desse género.

Se tivesse tempo, era capaz de ficar as próximas horas aqui a escrever sobre isso, mas amanhã trabalha-se, pelo que vou falar só de dois casos que me chamaram a atenção hoje.

Primeiro, uma revista com a capa: Diana Chaves em Topless na praia - Exclusivo! Coitada da rapariga, nem sequer pode ir à praia descansada sem se ter de preocupar com o que é que faz e como faz.

Segundo, uma notícia sobre o facto de a Carolina Salgado ter passado a ser "acompanhada por elementos do Corpo de Protecção Pessoal da PSP, que a seguirão nas suas deslocações e farão vigilância à porta do apartamento onde vive".

Não vou estar a discutir o facto em causa ou a situação (até porque, para ser sincero, I couldn't care less). Mas seria de esperar que face a esta notícia, a pessoa que escreveu a peça ficasse por aqui, já que parece relativamente perceptível. Mas não.

Acrescentará ainda a cidade onde mora? Vila Nova de Gaia!
A zona/freguesia? Vilar de Andorinha!
A rua? Rua Clube de Caçadores!

Ou seja, face à notícia de que uma pessoa passa a ter segurança da PSP, o jornalista opta por dar quase a morada. Mais um bocadinho, incluía o prédio e andar (uma dica - é aquele onde estão os polícias à porta), o n.º de telefone, e já agora a rotina diária da pessoa em causa, para poder facilitar a coisa, não?

AMOR

No domínio do amor, há uma linha muito ténue entre ter um amor puro e verdadeiro e ser um/uma tótó. E tenho ideia de que a ultrapassagem dessa linha está mais relacionada com o sentimento e acções dos outros em relação a nós, do que com os nossos próprios sentimentos.

É como já dizia o outro (que neste caso é o Steven Wright): "There's a fine line between fishing and just standing on the shore like an idiot." :)

POR ESTAS...

... e por outras é que esta país não vai para a frente.

Tenho ideia de já por aqui ter falado da EMEL e da minha opinião acerca desta simpática empresa. No entanto, não vale a pena falar disso agora, que o tema é outro.

No outro dia, tinha o carro estacionado em frente à simpática empresa na qual trabalho. É de notar que entretanto, a validade do ticket de estacionamento no meu amoroso veículo automóvel já tinha sido ultrapassada em cerca de 2 horas (o que coincidentemente também acontecia com o de uma colega minha).

Entretanto, saio da empresa com o intuito de renovar o dito ticket, quando dou de caras com três trabalhadores da EMEL (os chamados EMELGAS) a subir a rua. Já me estava a ver multado, quando noto que eles passam pelo meu carro, pelo carro da minha colega e nada. Entretanto, depois de pôr as benditas moedas na máquina e de colocar o papelinho no carro, reparo que eles continuam na zona. Entretanto, voltam para trás, voltam a passar pelo carro da minha colega (a quem eu já tinha ligado a avisar da presença dos bichos)e... nada. Nem sequer olharam.

Agora, reparem bem que o trabalho deles, por mais que não gostemos, deveria ser verificar a validade dos títulos de estacionamento e sancionar aqueles que estejam fora da legalidade. Ali, estavam três, passaram por pelo menos dois carros cujo título já era inválido há mais de duas horas, e nada.

Era despedi-los ou quê? Eu agradecia que não, mas já consigo ter mais uma ideia de como é que a EMEL consegue ter prejuízo...

Ambulância bulldozer

Já há algum tempo defendo que as ambulâncias nacionais deviam ser equipadas à frente com uma pá tipo bulldozer. Deviam ser assim uma espécie de misto entre ambulância convencional que conhecemos e um Caterpillar D6. O motorista buzinava uma vez, como forma delicada de pedir para que o deixassem passar. Buzinava mais uma vez. E se à terceira os carros parados à frente não se tivessem ainda desviado, baixava a pá e acelerava por aí a fora...

Depois de uma cena a que assisti hoje de manhã decidi alterar ligeiramente a minha proposta: Acho que as ambulâncias portuguesas deviam ser equipadas com uma pá tipo bulldozer, uma fisga, e um saco de pedras.

A alteração de projecto serve para o motorista poder "fisgar" uma pedra na cabeça de certos peões que decidem atravessar passadeiras no instante em que uma ambulância em marcha urgente vai passar, obrigando-a a parar. Com luzes e sirenes ligadas e tudo...

(A propósito, e sem qualquer intenção além da mera curiosidade, era uma peona)
McGyver

INJUSTIÇA

Ao que parece, ainda hoje em dia as mulheres sentem na pele (ou na carteira, que poderá ou não ser de pele) uma discriminação salarial face aos homens.

Se por um lado, se compreendem alguns dos motivos que levam a essa eventual discriminação, por outro lado não deixa de ser uma grande injustiça e penalização para elas.

Porque, se formos a ver as coisas ao nível da despesa, sem dúvida que sai mais caro ser mulher. Ora vejamos:

- Cortes de cabelo:
Homens: 10 a 20€. Mais, ide mas é chular pró...
Mulheres: no mínimo 20€. Mais caros, encontram-se facilmente.

- Outros arranjos cosméticos:
Homens: 0€?
Mulheres: unhas (pés e mãos), sobrancelhas, buço, depilação, etc. Uma fortuna, é o que é.

Higiene básica:
Homens - Gel, Shampoo, sabonete, desodorizante e pouco mais (vá, creme de barbear e gilette);
Mulheres - Todos os citados (excepto nalguns casos o creme de barbear), mais uma infinidade de cremes (anti-celulite, anti-rugas, hidratantes, anti-hidratandes, rehidratantes) que eu iria precisar de outro blog só para conseguir escrever metade deles.

Sapatos:
Homens - 3 ou 4 pares, e está tudo tratado;
Mulheres - Quantos armários é que são precisos para guardar todos estes sapatos?

Joalharia:
Homens - uma aliança (quando aplicável) e vá (ai jesus), um fio ao pescoço;
Mulheres - n pares de brincos, aliança (quando aplicável), anéis por todo o lado, pulseiras (às 10 de cada vez), colares à farta, and so on.

E podia continuar por aí fora, mas acho que por esta altura já devem ter percebido mais ou menos a ideia e hão-de concordar que as mulheres deviam ganhar pelo menos 3 vezes o que os homens ganham.

Cá fica a ideia, para pensarmos todos um bocadinho nisto...

O quê?



A propósito de sinalização vertical, alguém sabe o significado ou o porquê disto?

Num pulo recente a uma das nossas belas regiões insulares deparei-me mais que muitas vezes com este sinal. E confesso que não o conheço nem entendo.

Conforta-me, porém, o facto de nem o simpático agente da autoridade a quem perguntei o significado o saber também...
McGyver

POSSO SER MAU?

Não há ninguém por aí cheio de vontade de ter uma colega Vanda, assim mais cheinha, só para poder mandar as piadinhas do género:

- Sim, eu tenho Vanda Larga lá no escritório;
- Ó Vanda, quando andas aí pelos corredores, pareces uma Vanda Larga Móvel;
- Vanda, tu és de quantos Megas?;
- Vanda, isto contigo é sempre a assapar?

E por aí fora. Se encontrarem alguma, é mandá-la vir ter comigo. Ou então, uma que não seja tão larga assim;).

LISBOA

Como bem sabem, já no próximo domingo vamos ter eleições em Lisboa. Apesar da enorme quantidade de candidatos, calculo que a maioria já saibam mais ou menos em quem é que vai votar, pelo que não me vou alongar muito sobre o caso.

A campanha em si, tem sido razoavelmente fraquinha, sem nenhuma novidade de interesse ou campanha que chame particularmente a atenção. É de notar também que, excepção feita a um ou outro caso, também os resultados não hão-de diferir muito daquilo que se espera, que será uma vitória do António Costa e um resultado fraquinho para o PSD.

O resto, fait-divers e curiosidade à parte, também não há-de interessar assim muito. Mais Zé menos Zé, mais Telmo menos Telmo, ver se o Manuel Monteiro tem mais votos que o Garcia Pereira, se o jovem do PNR consegue ter mais votos que a sua família directa e amigos, não há-de ser particularmente emocionante.

Agora, quanto ao facto de o candidato do PSD ter aceite sacrificar-se pela causa, sabendo desde logo que não terá grandes resultados, não me parece mal de todo. Agora, gozarem tanto com o homem, também não. Como se já não bastasse alguém lhe ter trocado no dossier as siglas todas das empresas públicas, só para ele ficar mal (se bem que até podia ser uma táctica para o dar a conhecer, que isto uma gaffe tem sempre mais cobertura que 10 discursos espectaculares), agora parece que apostaram quem é que conseguia arranjar um slogan pior para pôr nos cartazes. É que começou mal, passou para pior e os mais recentes já nem adjectivos consigo encontrar.

Assim sendo, lanço daqui um apelo aos responsáveis da campanha do PSD: Não sejam mauzinhos, que o senhor também não há-de merecer assim tanta gozação, também...

EMANCIPAÇÃO

Como dizia uma colega hoje, se calhar as mulheres acabaram por perder mais do que ganharam com a sua emancipação.

A teoria dela é que dantes, as mulheres ficavam em casa, tratavam da casa e os homens aparentavam ser os chefes de família,tinham de autorizar para que as mulheres pudessem trabalhar fora, etc.

No entanto, na prática, as mulheres não deixavam de ter a sua vida, nalguns casos bem descansada e em muitos casos, na prática, acabavam por ser elas que, de uma forma ou de outra, acabavam por mandar ou ter mais influência na família e nos seus destinos do que os maridos.

Agora, acabam por ter teoricamente mais liberdade, mas na prática acabaram foi por ficar com mais trabalho (fora, sem deixarem de ter muito do trabalho de casa) e responsabilidades várias, pelo que terão acabado por ficar pior.

Agora, o que eu pergunto é: já repararam que desde que as mulheres se emanciparam totalmente e passaram na sua maioria a trabalhar fora, os padeiros, leiteiros e por aí fora deixaram de ir entregar coisas a casa? Será mera coincidência?

É IMPRESSÃO MINHA...

... ou é virtualmente impossível que uma mulher que tenha sido mãe há menos de 3 anos, quando vai tomar café no local de trabalho, consiga falar de outra coisa que não do filho, do que ele fez, do que ele comeu, das doenças que tem ou teve e por aí fora?

É que sem ter sido pai de nenhum, tenho ideia que às tantas ainda sei mais da vida dos filhos deles que os próprios...

ACHAM QUE...

... se pode considerar que uma mulher (ou homem, para não ser discriminatório) com quem temos pesadelos, não deixa de ser a mulher/homem dos nossos sonhos?

Vamos lá a pensar nisto um bocadinho...