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sexta-feira, outubro 29, 2004

EXIGÊNCIAS

Há quem diga que os homens são muito exigentes com as mulheres. Que lhes pedem uma dedicação de corpo e alma. Eu sou menos exigente. Chega-me a dedicação de corpo...




Vocês desculpem...

Este fim de semana tive oportunidade de participar no que podemos designar um "evento social recreativo". Começou cedo na manhã de Sábado. Muitos gajos, poucas gajas. Ainda não tinha acabado, mas estava quase, dei conta de dois ou três gajos a ligarem para as namoradas (ou esposas) (ou amantes). "Olá amor!", "Olá bebé!", "Bom dia querida!", ouvia-se com voz melada. Fomos almoçar e a cena repetiu-se. No fim do almoço, durante o cafézinho - próximo do encerrar oficial do evento - voltou a acontecer. "Está quase a acabar, querida!", "Daqui a nada estou aí...".

A todas as minhas namoradas:

Desculpem nunca ter feito isto - só há relativamente pouco tempo tenho um telefone móvel, e já há bastante tempo valorizo algum "espaço" próprio. O meu, e o vosso.
Desculpem não vos estar constantemente a "melgar" com conversa circunstancial. Aquelas vezes que vos liguei apenas para dizer de viva voz "Gosto de ti!" ou enviar o som de um beijo foi resposta objectiva a uma necessidade egoísta minha.
Desculpem não estar permanentemente presente quando na realidade estava ausente. Porque preferia estar onde estava presente, e vocês preferiam estar onde eu estava ausente.
Desculpem a confiança que em vocês depositei e me inibiu de vos controlar inconscientemente. Foram vocês que a conquistaram a pulso.

Vou ver se me corrijo... Ou talvez não...
McGyver




quarta-feira, outubro 27, 2004

NINFOMANÍACAS

De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, a ninfomania é o desejo sexual compulsivo considerado excessivo em mulher ou fêmea dos mamíferos. Curiosamente, fiquei ainda a saber que a origem da palavra vem do grego nymphe - "mulher recém-casada" + mania - "loucura", o que vem comprovar que do tempo dos gregos até hoje não mudou muita coisa.

Agora, tenho de admitir que relativamente às ninfomaníacas não tenho qualquer opinião formada. Ou melhor, só tenho alguma pena de que não haja mais...

Uma outra definição que eu já ouvi, é a que diz que uma ninfomaníaca é uma mulher que tem o mesmo espírito sexual de um homem. Agora, por mais que algumas menynas digam o contrário, eu mantenho a opinião de que os homens têm um apetite sexual indiscutivelmente superior ao das mulheres.

Imaginem a seguinte questão colocada a um homem e a uma mulher: Se tivesse de optar, preferiria ficar 3 meses sem sexo com o seu companheiro ou 3 meses sem falar com ele?

Tenho ideia de que grande parte das mulheres, optaria por responder ficar os 3 meses sem sexo. Quanto aos homens, parece-me que maioritariamente iriam responder "Mas ela também não pode falar nesses 3 meses, certo?".

Tentem fazer essa pergunta ao vosso/à vossa companheiro/a e depois digam-me os resultados...




domingo, outubro 24, 2004

FALAR COM A BOCA CHEIA

Nos Jogos Olímpicos de Atenas, participou um atleta português surdo-mudo. Depois de ter sido eliminado na primeira ronda, houve quem tenha dito que a sua deficiência teria tido alguma influência negativa. Até pode ser que sim, mas parece-me que, apesar de tudo, há algumas situações em que alguém que seja surdo-mudo tem vantagens face às pessoas que não o são:

- Têm um alto poder de concentração e não são facilmente distraídos por barulhos, colegas a conversar ao lado ou com música aos berros, público, etc.

- Sempre podem poupar nos vidros duplos e não há problema de morarem num sítio onde passem muitos aviões ou com muito trânsito;

- Não têm que ouvir os comentadores nos jogos de de futebol, jornalistas na televisão, etc;

- Os vizinhos, sobretudo os barulhentos, são muito mais facilmente suportáveis;

- Facilidade de entendimento com estrangeiros das mais diversas nacionalidades, nas mesmas condições;

- Calculo que não haja grandes problemas em falar de boca cheia. O grande problema nestes casos é mesmo falar com os talheres na mão, enquanto a comida não está na boca.

- Como grande parte das mulheres não são fluentes em linguagem gestual, , conseguem safar-se mais ou menos bem (não sei se já vos disse, mas de acordo com estudos realizados, as mulheres falam três vezes mais que os homens). Para além do mais, não precisam de ouvir os comentários femininos durante um jogo de futebol...

Claro que também, como em quase tudo, há alguns inconvenientes, como fingir que estão a ouvir alguém enquanto lêem o jornal tranquilamente. E quando a mulher lhes diz "olha para mim quando estou a falar contigo", dificilmente vão poder dizer: "estou-te a ouvir" ou "ouço com os ouvidos, não é com os olhos", ou qualquer coisa do género. Mas também não se pode ter tudo na vida...




sexta-feira, outubro 22, 2004

SONDAGEM

Os resultados finais da sondagem até agora mais participada do BV, foram os seguintes, na sequência da questão: "Que político deportavas para o Iraque?":

Pedro Santana Lopes - 16%
Paulo Portas - 34%
José Sócrates - 2%
Francisco Louçã - 42%
Carlos Carvalhas - 5%
Jorge Sampaio - 0%
Outro - 1%

Ou seja, por incrível que pareça, apesar de as suas acções não terem na prática qualquer efeito na vida dos portugueses (excluindo ataques de irritação após mais um comentário dele na televisão), o insuportável Francisco-à-partida-estou-indignado-Louçã, é o principal candidato à deportação.

Naturalmente, a acompanhá-lo, o inefável Paulinho-calma-aí-que-eu-agora-sou-ministro-Portas ocupa também um lugar de destaque.

Não deixa de ser extraordinário que os líderes dos dois partidos menos representativos de entre os cinco principais terem sido os mais votados, sendo que estes dois arrecadaram 76% dos votos. Os pequeninos são sempre irritantes.

Fiquei ainda supreendido com a baixa votação recebida pelo Pedro-como-é-que-eu-vim-aqui-parar-Santana-Lopes (e porque não só Pedro Lopes?) e pelo José-sai-mais-uma-citação-quentinha-Sócrates.

Quanto aos restantes, não há grandes comentários a fazer, mas tenho no entanto uma pergunta: quem era o outro que recebeu 1% dos votos?

Agora, tendo em conta esta lista, será que é supreendente o estado em que este país está? Não me parece.

Nos próximos dias, estou a contar fazer algumas críticas violentas ao actual estado da nação e à forma como muitas poucas coisas funcionam bem em Portugal, nas mais diversas áreas. Estou aliás a pensar em escrever um texto à Louçã - com indignação, críticas a tudo e a todos, arrogância intelectual, sobranceria e sem qualquer proposta válida de alteração do estado da situação ou sequer da situação do estado.




quinta-feira, outubro 21, 2004

Fécula ardente...

Não sei porquê - alvitro uma ou outra explicação - tem acontecido com frequência serem as minhas deambulações pelos corredores dos hipermercados, passeando um cesto de compras, os meus momentos de inspiração para as linhas que o bombeiro vai fazendo o favor de aqui tornar públicas.

Durante a mais recente visita ao Continente do Colombo, notei ao longe um cartaz onde se lia "fécula ardente". Inconscientemente interroguei-me. Parei, e voltei atrás. "Fécula" lembrou-me batata. "Ardente" lembrou-me mulher. Consygo já ymaginar alguém pensar "Este gajo só pensa em (.Y.)!!" quando ler ysto, mas estou a ser syncero. O que seria aquilo? Dirigi-me ao cartaz procurando esclarecimento. Enquanto caminhava - segundos apenas - percebi que se tratavam de uns pacotes verdes ligeiramente compridos. Imaginei um ingrediente para usar em pratos flambés. Imaginei um utensílio culinário com obscenas e descaradas funções de massajador facial. Imaginei se vender aquilo ali teria sido a concretização de uma ideia do 7. "Não pode ser!" lembro-me de pensar. E não era... Não sei se serão más influências da Rute, mas o facto é que ando um bocado pitosga. A escassos metros percebi que o que REALMENTE estava escrito no cartaz era "Película Aderente".

"****-se!" - exclamei mentalmente, lembrando-me do Luque. Estou a ficar velho...Quando tinha a idade da Ana não me acontecia isto.

McGyver





terça-feira, outubro 19, 2004

CASAMENTOS

Desta vez, não estava a pensar falar da instituição casamento, ou sequer do facto de um homem e uma mulher (para já) se juntarem para o resto da sua vida, que sobre isso já muito foi dito por aqui e também não vale a pena estar a chover no molhado, sobretudo com o tempo como está. Hoje, é mesmo quanto à cerimónia propriamente dita. Não vou escrever muito, que isto está difícil, mas só umas pequenas observações. Havemos de voltar ao tema...

Para já, não deixa de ser curioso que num dos dias mais marcantes da sua vida (para o bem e para o mal), os noivos não conheçam metade ou mais das pessoas presentes. Desde os primos e familiares desconhecidos, aos namorados e namoradas dos colegas, amigos e familiares, até grande parte dos convidados da outra parte, cada noivo acaba por conhecer individualmente muito poucas das pessoas.

E vamos lá a ver: é mesmo necessário que os casamentos durem 12h? Não podia ser só uma cerimónia curta, seguido de um almoço normal e pronto, está tudo despachado? Tem mesmo de ser uma cerimónia de uma hora, seguida de uma epopeia gastronómica com uma enormidade de comida, para já não falar de todos os clichés associados, desde as fotografias, à valsa e sabe Deus mais o quê?

Nestas coisas dos casamentos, só há dois tipos que valem a pena: ou os muito bons (porque são bons, divertidos, originais, whatever) ou os muito maus (que dá para rir à grande e ter histórias para contar). Tudo o resto que está no meio, é para esquecer.

E este último parágrafo, não só é verdade, como sempre dá para dizer aos meus amigos que lerem isto: "não, o teu estava nos muito bons"... ;-)




Ontem tive vergonha... (escrito a 14/10)

Ontem o meu sentido de estado foi ferido. Tive vergonha do que o ministro disse, e do que o primeiro ministro não disse. Tive vergonha da legenda da fotografia que recebi por e-mail. Tive vergonha da proximidade forçada - e ele era dos poucos que não precisava de a forçar - que vi na entrevista à hora dos noticiários. Tive vergonha - e nojo - dos comentários da coligação a essa entrevista. Tive vergonha do que o outro ministro disse sobre o espaço de antena dedicado à Madeira. Tive vergonha do que vi na TVI. Tive vergonha de quem vi na TVI. Tive vergonha da verdadeira... Da que faz corar.

Sempre tive vergonha da existência de algumas pessoas - das que se encontram por aí. Utopicamente, queria poder excluí-las do meu espaço. Na realidade apenas as ignoro. Ou tento. Ontem tive vergonha do meu país. Não quero nem posso ignorar isso. Citando o Bill do Gangs of New York (passou na RTP1 há pouco): "This is a wound!". Agora cabe aos que me envergonharam decidir o que vem a seguir. Outra "wound" representará a morte. A deles.
McGyver




domingo, outubro 17, 2004

ADENDA AO POST ANTERIOR

Surpreendentemente (ou talvez não), o Mal ganhou. Mas há que dizer, em abono da verdade, que estavam em vantagem. Afinal de contas, sempre eram 14...

Agora, sem querer imitar o Francisco Louçã, posso dizer desde já que à partida, estou indignado. É que a sempre a mesma coisa, pelo que não estou particularmente supreendido, mas é realmente impressionante.

A sério que não consigo perceber qual é que pode ser o interesse de ganhar assim e ainda menos quem é que consegue torcer pelo FCP. É aliás curiosamente por causa de jogos como o de hoje que escrevi o post anterior e que se torna cada vez mais urgente destronar este império do Mal.

Na sequência do que vi no estádio e do que posteriormente vi na televisão, só posso concluir uma de duas coisas: ou o fiscal de linha é sócio do FCP ou é sócio da ACAPO.




HOJE, UMA VEZ MAIS

Hoje, às 19h45, no Estádio da Luz, mais uma vez se vai assistir à luta do Bem contra o Mal, da Justiça contra a Iniquidade, do Certo e do Errado. Esperemos que o Bem triunfe. Afinal de contas, joga em casa...




sexta-feira, outubro 15, 2004

É PENA

Imaginam a quantidade de casos que começam com conversa mole que acabam em sexo puro e duro? Poucos, é o que eu vos digo, muito poucos...




Com tudo no sítio ou com tudo em cima?

Ainda hoje li uma senhora escrever nos comments deste blog um "estou com tudo no sitio"! De facto é um expressão que sempre me fascinou! Mas o que quererá dizer?

- o sítio da celulite é nas coxas, glúteos e às vezes nas pernas; (que desgraça!)
- o sítio dos pés de galinha é junto aos olhos;
- o sítio dos joanetes é nos pés;
- o sítio das estrias, meu Deus é por todo o lado!
- o sítio do Pica-pau Amarelo é no Brasil; (que saudades da Dona Chepa!)
- (pub) o sítio do costume é o Pingo Doce.

Da minha parte, em vez de um "estou com tudo no sítio", prefiro um "abrasileirado": "tá com tudo em cima":

- as rugas em cima da epiderme;
- o queixo em cima do duplo queixo;
- as varizes em cima dos gémeos;
- os bicos de papagaio em cima dos ossos;
- as artroses em cima das articulações;
- as mamas em cima dos joelhos;
- o colesterol em cima;
- a tensão em cima.
And so on, and so on!
7 (Sete)




quinta-feira, outubro 14, 2004

Cresçam mais devagar...

Um destes dias, enquanto deambulava pelos corredores de um hipermercado, passou por mim na contramão um casal de adolescentes. "Ainda faltam os bollycaos...", comentava ela. Era gira, apesar do prego no nariz. Mas vestia uma roupa demasiado provocadora para o corpo que tinha.

Acho que os putos de hoje estão acrescer demasiado depressa... Tenho que martelar com alguma força para construir uma imagem de mim aos 15 anos, com a minha cara metade da altura, a fazer as compras lá para casa num hipermercado, às onze e picos da noite de um dia de semana... Nessa idade, ainda eu brincava com Legos!

Não sei se esta emancipação é sinal dos tempos. Nem sei se é melhor ou pior, face ao que vivi. Tal como a nossa geração aprendeu a viver com o dinheiro que não tem, parece-me que os putos de hoje estão a aprender a viver com a idade que não têm...

Acho que faz bem - faz crescer - brincar às casinhas quando o fogão e as ferramentas são de plástico. Será que hoje se brinca às casinhas com o fogão da mãe e as ferramentas do pai?
McGyver




quarta-feira, outubro 13, 2004

BOCA NO TROMBONE

De acordo com uma notícia que li hoje aqui, e da qual faço uma suave transcrição, Dannielle Heath (22 anos, esteticista) assegurou à imprensa inglesa, ter vivido dois momentos de intimidade (sem penetração) com David Beckham na casa deste em Madrid, aproveitando o facto de ser a depiladora de Victoria Adams.

O casal fez questão de emitir um comunicado onde negam as declarações da esteticista. Alguma imprensa sensacionalista não poupou o capitão da selecção inglesa, tendo o "Daily Star" realçado as declarações de Beckham - "Nunca tive sexo com essa mulher" - mas deixa escapar um comentário mordaz: "Sim, pois... foi o que [Bill] Clinton disse." A melhor amiga da esteticista afirma "Ela tem uma longa história de devorar homens e parece que agora conseguiu o 'jackpot'..."

- Para começar, há que achar que o que a melhor amiga diz, é amoroso... E afinal de contas, os amigos são para as ocasiões.

- Por outro lado, já que a simpática esteticista não tinha sido apanhada com a boca na botija (salvo seja), será que tinha mesmo de ir pôr a boca no trombone? Não me parece que seja uma atitude muito simpática.

- Não deixa de ser irónico que o marido da Victoria a traia precisamente com alguém cuja missão seria torná-la mais atraente...

- Agora, o que os homens têm que perceber é que nestas ocasiões de sexo extra-conjugal, para além dos atributos habituais, há um outro fundamental e ao qual por vezes não é dada a importância necessária: é preciso garantir que abre a boca quando é preciso, mas que a consegue manter fechada quando é necessário... E isso é que é fundamental!

Claro que o Bill e o David (e já agora o Hugh, se bem que com contornos diferentes) só aprenderam isto "the hard way"...




terça-feira, outubro 12, 2004

ESTUDOS CIENTÍFICOS

Hoje em dia, somos constantemente bombardeados em quase todos os meios de comunicação por (supostos) estudos (alegadamente) científicos. Nem é que ache mal, porque até costumam ter alguma piada, mas há que assumir que há alguns que me parecem mais wishful thinking do que outra coisa (ou então há alguns interesses ou conspirações maléficas por trás disto tudo)...

Dos últimos que eu me lembro:

- Comer Pizza diminui probabilidades de ter cancro;
- Sexo várias vezes por semana diminui probabilidades de ter cancro na próstata;
- A ingestão de bebidas alcóolicas (de whisky a cerveja, passando pelo vinho) são benéficos para o coração e até aconselhados após intervenções cirúrgicas;
- Regresso de férias tem resultados negativos a nível de saúde.

Eu por mim, acho bem... Só estou mesmo à espera que saia o estudo a dizer que ver jogos de futebol e cinema faz bem à saúde para poder ficar em casa, de férias, a comer pizza, a beber uns copos e bem acompanhado, para ficar em grande forma..




segunda-feira, outubro 11, 2004

RECORDAÇÕES

Ocasionalmente, é bom (e prático) recordar alguns posts do passado, até porque muitos poderão nunca o ter chagado a ler. Este, para além de gostar muito dele, mantém a sua actualidade, face a alguns temas discutidos recentemente por aqui. E mesmo que não mantivesse...

"O PARADOXO INDIANO

Para além de venderem rosas, os Indianos são também conhecidos pelo facto de a sua religião considerar a vaca sagrada (entre outras coisas, mas não vamos entrar agora por aí). É aliás por esse motivo que os indianos não comem vaca, o que aliás explica sobremaneira a tendência gastronómica vegetariana que existe por aquelas bandas. Até aqui, tudo bem.

Agora, é assim gerado o chamado paradoxo indiano, que já há vários séculos deixa perplexos os ocidentais (e mesmo os orientais) que visitam o país. A questão que se põe aqui é a seguinte:

Os indianos não comem vacas. Agora, se ninguém as come, como é que as pobres das raparigas mantêm o estatuto de vaca?

Por outro lado, se ninguém as come, presume-se que deixarão de ser vacas. Assim, calculo que já possam ser comidas. Mas, se já não são vacas, já não se vão deixar comer, certo?

Isto é estranho. Não admira que venham para cá vender rosas... Sempre é menos confuso."




sexta-feira, outubro 08, 2004

IGUALDADE - ROUND 2

Agora que já passou um dia e que os ânimos se acalmaram, é capaz de já ser altura de voltar a atacar o assunto.

Quer por motivos sociológicos, quer por motivos biológicos, o facto é que sempre houve tendência para considerar que um homem que tivesse várias mulheres fosse um D. Juan (ou um garanhão) e uma mulher que tivesse vários homens fosse uma Vaca (ou uma Elsa Raposo - Ainda temos algumas - poucas- T-Shirts "Eu não comi a Elsa Raposo" em stock).

Abordando o assunto de forma algo simplória, por motivos biológicos no sentido em que o homem procuraria dispersar o mais que pudesse a sua semente, de forma a aumentar as possibilidades de continuidade da espécie e por motivos sociológicos, na medida em que sendo uma sociedade controlada sobretudo pelo sexo masculino, tal situação era mais vantajosa, fazendo consequentemente mais sentido.

Haveria ainda a questão, nos tempos em que os métodos contraceptivos não eram tão usados e/ou eficazes como actualmente, da paternidade das crianças nascidas de relações adúlteras. No entanto, numa forma curiosa de equilíbrio, apesar de a mãe ser fixa mas o pai poder ser variável, o dia da Mãe é variável mas o dia do Pai é fixo...

Por outro lado, não deixa de ter o seu quê o facto de, nos casos literários de que me lembro agora, serem sempre os casos extra-conjugais femininos que têm maior realce: da Madame Bovary, à Luísa do Primo Basílio, passando ainda pela Sra. Cohen dos Maias...

Agora, eu não digo que partilhe inteiramente destas opiniões, nem que seja tão taxativo relativamente às caracterizações referidas, nem sequer que duvide que a sociedade (e com ela o comportamento humano) vá evoluindo, mas é um facto que (e pelos comentários num post recente, não me pareceu que estivesse sozinho) me parece que as mesmas têm algum fundamento, precisamente pelo facto de, as mulheres e os homens, não serem iguais e terem necessariamente ambições, interesses e consequentemente, comportamentos diferentes.

Só para utilizar um exemplo paradigmático e já discutido anteriormente (podem sempre consultar o post "Engate", de 9 de julho, ou os comentários ao post "Poligamia"), não é preciso ir mais longe do que ver quem toma (ou tem de tomar, para ser mais preciso) quase sempre a iniciativa...

Eu tinha ainda bastante mais para dizer mas posso guardar para escrever noutra ocasião, porque, para além de já ir longo, me parece que em breve vou ter muito mais tempo para isso. É que pressinto que a minha vida social com membros do sexo oposto vai decrescer significativamente, depois deste post... ;-)

Ou então pode sempre acontecer que queiram provar que estou errado e que também são capazes de tomar a iniciativa. Vamos ver...




quinta-feira, outubro 07, 2004

Não me pediste moedas...

Resolveste ir tomar um café. Não tinhas moedas. Não dei conta de te levantares, nem dei conta de pedires moedas ao primeiro. Nem ao segundo. Quando pediste ao gajo que está próximo de mim, apercebi-me. Ninguém tinha moedas. Eu tinha. E ofereci-te duas ou três.

Não me pediste moedas. Não sei se houve propósito nisso, ou se a sequência de perguntas obedecia a alguma lógica feminina. Lógica complicada, uma vez que estou ao teu lado.

Antes, quando também estivemos lado a lado, era o primeiro a quem pedias moedas. Pensei nisso. Notei isso.

Há colegas que se transformam em amigos. Há amigos que se transformam em colegas. Há colegas que deixam de o ser e continuam amigos. Há amigos que deixam de o ser e continuam colegas. Os sentimentos mudam. A amizade muda. No teu caso nunca quis mudar nada, mas alguma coisa mudou.

Gostava que me tivesses pedido moedas...
McGyver




quarta-feira, outubro 06, 2004

IGUALDADE

Com este título, alguns poderiam pensar que eu ia gozar com mais um empate caseiro do SCP, que o deixa na luta da despromoção, com o Gil Vicente, a Académica, o Moreirense, e outros. Mas não, é um tema mais sério (ou nem tanto, agora que penso no caso)...

Já por várias vezes, algumas das nossas adoráveis comentadoras preferidas reclamaram igualdade de tratamento (seja lá o que isso for) para as mulheres.

Agora, eu pergunto: se a mulher e o homem são dois seres radicalmente diferentes (mentalmente, psicologicamente, a nível comportamental, you name it...), porque motivo haveriam de ter comportamentos e tratamentos idênticos? É que não faz sentido, tal como não se trata de forma igual um gato e um cão, mesmo que se tenha por eles o mesmo respeito, apreço e carinho...

Por outro lado, ainda mais impressionante, é que as mulheres só referem a tal igualdade de tratamento e circunstâncias nas situações em que estão em desvantagem. Quando são desigualdades de tratamento de que actualmente beneficiam, não vêem que faça sentido alterar o status quo.

Faço notar ainda que não digo tudo isto por achar que a mulher é de forma alguma inferior ao homem. É pura e simplesmente diferente. Nem mais, nem menos. Venham-me falar de igualdade quando os homens também engravidarem...




domingo, outubro 03, 2004

5 de Outubro

A implantação da república foi já há 94 anos, no dia 5 de Outubro de 1910. No entanto, se soubessem que o primeiro-ministro em 2004 seria o Santana Lopes, tenho ideia de que os verdadeiros patriotas teriam ficado em casa nessa manhã.

Curiosamente, este ano, o dia em causa calha numa terça-feira. Assim, tal como muitos outros portugueses (e se calhar até ucranianos), também eu vou aproveitar para meter um dia de férias na 2ª feira e consequentemente prolongar o fim de semana um pouco mais, até quarta-feira (deviam ser todos os fins de semana assim - aliás, um dia destes hei-de falar aqui de uma proposta que tenho a fazer neste âmbito).

Mas é por estas e por outras que nesta altura do ano, até os monárquicos ficam contentes com a implantação da república.




sexta-feira, outubro 01, 2004

SPAM

Como a inspiração hoje não é muita, recuperemos então alguns momentos bonitos do passado (e que poderão ter passado despercebidos, até porque foram escritos aqui.

Como calculo que aconteça a toda a gente, os e-mails que eu tenho na web são diariamente atulhados com correio electrónico não solicitado.

Há de tudo, mas grande parte das mensagens tem no título: enlarge your penis.

Agora, há uma coisa que me chateia naqueles mails:

- não são os 10 segundos que perco a apagá-los todos;
- não é o facto de poder algum mail "real" ter ido parar à pasta de spam e ser apagado;
- nem sequer é a possibilidade de me encherem a caixa e perder mails importantes que cheguem entretanto.

O que me chateia mesmo naquilo é: como é que eles descobriram?

Nota: Este post não é necessariamente baseado em dados reais. Face aos recentes comentários, considerou-se prudente acrescentar-se este aviso, sobretudo num tema tão sensível...




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