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sábado, julho 24, 2004

FÉRIAS

E já que estamos no verão, é finalmente chegada a altura de o BV ir gozar um curto mas merecido período de férias.

Inicialmente, chegou-se a falar numa viagem ao Iraque, que ao que parece anda com preços muito atractivos (de morte, mesmo), mas acabou por se optar por Marrocos.

Por acaso, não sei como é que os países muçulmanos não são (e para já, ainda bem) os principais destinos do turismo homosexual masculino. Afinal de contas, não há assim tantos sítios em que:

a)- as mulheres estejam todas tapadas;
b)- os homens se ponham de rabo para o ar 6 vezes por dia.

De qualquer forma, podem continuar a vir aqui (mi blog es su blog), escrever os vossos comentários e é bem possível que eu também ainda passe por cá para escrever qualquer coisa e garantir que vocês têm tomado bem conta dele... Sim, porque presumo que neste fim de semana, o BV irá ultrapassar as 10.000 visitas, pelo que há que tratá-lo com algum cuidado.

Assim sendo, boas férias para quem vai de férias e bom trabalho para quem fica a trabalhar e que Deus nosso senhor nos proteja a todos





sexta-feira, julho 23, 2004

CRIME
 
E o prémio Militão (o rapaz inteligente que planeou e executou aquele crime quase perfeito em Fortaleza) do verão de 2004 foi atribuído ao jovem jogador angolano do Sport Lisboa e Benfica, Pedro Mantorras.

Se o que vem nos jornais é verdade, há que assumir que não está mal pensado... Já o estou a ver a pensar: "Eh pá, si o eu apagar o número e escrever por cima, quem é que vai dar conta?"

Este parece quase mais um episódio das Mentes que brilham...




Hálito a tabaco

A noite está quente, a conversa está boa, a atracção parece mútua. O beijo surge - não na face - na boca. Num ápice, percorre-se a distância entre a timidez dos lábios e o molhado da língua. Num ápice, se descobre o sabor do cigarro ainda quente no cinzeiro.

Não sabe bem... Sabe mal. Sabe muito mal... Há tantas pastilhas e rebuçados para um "hálito fresco" por aí - com campanhas publicitárias idiotas e pouco imaginativas - e nenhuma explorou ainda este aspecto.

O outro, o Macário, é que tinha razão: lamber um cinzeiro não tem certamente os mesmos atractivos e prazeres que beijar - beijar a sério - uma mulher que fuma, mas deve ter um sabor parecido.

Enfim... Na rotina "conversa, beijo, cama, preservativo, sexo, sexo, sexo, sexo, sexo, dormir, voltar a casa" parece-me bem introduzir entre "conversa" e"beijo" o passo intermédio "rebuçadinho". Por prevenção.

McGyver






É TRISTE, MAS É BONITO!

Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta,
continuará o jardim, o céu e o mar,
e como hoje igualmente hão-de bailar
as quatro estações à minha porta.

Outros em Abril passarão no pomar
em que tantas vezes passei,
haverá longos poentes sobre o mar,
outros amarão as coisas que eu amei.

Será o mesmo brilho, a mesma festa,
será o mesmo jardim à minha porta
e os cabelos doirados da floresta,
como se eu não estivesse morta.

SOPHIA DE MELLO BREYNER,1919-2004, Dia do Mar, 1ª edição, 1947




quinta-feira, julho 22, 2004

TEMPO
 
Apesar de estarmos numa altura de férias, ainda não é altura de falar sobre as condições metereológicas. Apesar de tudo, e em consonância com a altura do ano, sempre se pode falar de assuntos mais quentes.

Não há aquilo a que se possa chamar um tempo exacto para a duração do old in out in out, até porque dependerá sempre do ambiente, da companhia e da situação (desde a rapidinha ao sexo tântrico, passando por muitos, muitos, muitos outros), mas tipicamente, em situações normais, as mulheres queixam-se de que demora pouco tempo, ou seja, que os homens não aguentam tempo suficiente para ficarem ambos satisfeitos (digamos assim).

Claro que aqui há uns anos, havia sempre o bom e velho truque de pensar no onze titular da nossa equipa. No entanto, da forma como o mercado de transferências futebolísticas funciona hoje em dia, com jogadores sempre a saltar de um lado para o outro, já nem isso dá resultado. Uma pessoa embrenha-se de tal forma, que quando dá conta já nem está a fazer nada...




quarta-feira, julho 21, 2004

(.Y.) de mulher
 
Da tosca "peitos", à educada "seios", passando pela técnica "mamas", e terminando na sensual "tetas", muitos são os sinónimos. As mulheres têm-nas, os homens (nós) gostam muito que elas as tenham.
 
Cedo ou tarde, às mulheres que fazem parte da nossa vida acabamos por lançar aquele discreto (ou nem por isso) olhar avaliador - dirigido à parte superior do seu tronco feminino. Famosa, vulgar, parente, amiga, conhecida, desconhecida, colega, puta, nova, velha... Por vezes, e mais vezes que o que se pensa, o resultado desse olhar condiciona o futuro dessa mulher na nossa vida - um resultado positivo é uma motivação (esperemos adicional) para aprofundar o contacto.
 
Para os resultados "pequeninas" ou "onde é que elas estão?", no entanto, os apreciadores podem sempre ter esperança em se tratarem das chamadas "mamas surpresa". Recentemente duas classificadas como "pequeninas" e "muito pequeninas", com as quais o destino me continuou a cruzar desde a avaliação, surpreenderam-me com uns nada pequenos e muito atraentes pares. Numa noite deverão, fiquei a babar-me perante dois "volumes" bem realçados no peito de uma por baixo de um top branco. Numa tarde de calor, descobri por baixo de uma t-shirt o que as grossas camisolas de Inverno da outra não me mostraram. (Espero que a minha surpresa não signifique uma gravidez ainda escondida...)
 
Quanto à consistência de uma "avaliação positiva", não há padrões. Forma,tamanho, e firmeza, são aspectos dessa avaliação e cada um tem o gosto que tem. Sobre o meu, apenas vou revelar que gosto de "médias" ou "médias pequenas".
 
McGyver




terça-feira, julho 20, 2004

SENSIBILIDADE
 
Eu não sei bem o que é que andam a fazer aos jogadores do Sporting, mas vamos lá a ver:
 
- O Paulo Bento acaba a carreira de futebolista e desata a chorar em plena conferência de imprensa;
- O João Pinto sai do Sporting para o Boavista e novamente em plena conferência, caem-lhe lágrimas dos olhos, pela emoção de regressar ao seu primeiro clube;
- O Ricardo apresenta o seu livro e às tantas, ao falar da campanha da selecção no Euro 2004, começa a chorar.
 
Isto é o quê? Uma táctica de engate, para mostrar às mulheres que são muito sensíveis? O que é que aconteceu aos bons velhos tempos de "o futebol é para homens de barba rija" ou "os homens não choram"?





segunda-feira, julho 19, 2004

O GOVERNO
 
Ainda há pouco tempo se falou por aqui de que com o Santana Lopes como Primeiro-Ministro (ainda não consigo acredita) se calhar íamos ter muito mais mulheres no Governo. Não me parecia grande ideia, porque tal como disse na altura, já tínhamos mulheres nos principais ministérios: Finanças, Justiça, Ciência e Ensino Superior, Negócios Estrangeiros, etc.
 
Agora que já temos um novo Governo, verifica-se que afinal, ficámos com menos mulheres ministras e sobretudo em cargos menos importantes.
 
Aliás, até me parece que o  Santana Lopes fê-lo só para contrariar as expectativas. E não é que eu ache mal. Parece que a primeira orientação dele neste sentido foi não misturar prazer com trabalho.
 
Por outro lado, não sei se seria bem prazer. Discutir com mulheres é capaz de ser uma das piores experiências pelas quais um homem tem de passar. E o pior de tudo, nem sequer são os argumentos, ou os choros, ou o que quer que seja. O momento em que se sabe que não se pode piorar numa discussão com uma mulher é quando elas dizem: "Não foi o que tu disseste, foi a forma como disseste..."




sexta-feira, julho 16, 2004

O PAÍS ESTÁ DE TANGA
 
Ok, agora que o Cherne se foi embora talvez já não. Mas pelo menos as mulheres do país estão de tanga.
 
Não sei o que é que aconteceu nos últimos dois ou três anos, mas houve uma explosão do uso deste tipo de roupa interior. Não é que eu me queixe, mas é tipo bomba atómica: se cai em mãos (ou nádegas) erradas, pode não ser particularmente agradável.
 
Agora, ninguém sai daqui sem me explicar o porquê disto (vantagens, benefícios, desvantagens, problemas, etc.). É por ser mais confortável? Mais sensual? Mais higiénico? Mais barato? Estou curioso…




Bikini azul forte...

Estou em franca recuperação - curado arrisco escrever. No entanto, um dia destes tropecei num bikini azul forte que quase me fez voltar a cair. Escondi dentro de mim o desequilíbrio. A mazela que ficou, são as linhas que agora escrevo - e despejo no vazio do cyberespaço.

Imagina um tom de azul encorpado como o azul FCP com o brilho de um azul turquesa. Imagina essa cor num tomara-que-caia sem descontinuidades, onde alça que passa por trás do pescoço se transforma em dois triângulos disfarçados de círculo que se prolongam até um fecho nas costas à altura dos seios. Imagina esse tomara-que-caia sobre uns seios de tamanho quase médio e forma bonita, ajustado como se tivesse sido medido por costureira com bom gosto, descobrindo o decote apenas o suficiente para fixar o olhar e "ligar" o vizinho lá de baixo. Imagina o mesmo tom de azul numa forma contínua que cobre um rabo que não sendo perfeito é firme e  - na mesma forma e sem remate- cobre também um entre pernas sensual e discreto. Tudo isto ladeado por uns braços esguios, num tom ainda de Inverno, terminados pelas mais belas mãos que os meus olhos se lembram de ter visto.

Consegues imaginar? Estive um quarto de hora a olhar para este bikini. A mim,não me passou ao lado...

McGyver






quinta-feira, julho 15, 2004

ENTREVISTAS

É curioso que na maior parte dos casos, quando perguntam a um actor ou músico se queria ter esta profissão quando era pequenino, estes respondem sempre qualquer coisa do género "sim, eu pegava muitas vezes no piaçaba ou no duche e punha-me a cantar como se tivesse um microfone" ou "usava a raquete de ténis como uma guitarra" ou até mesmo "fazia sempre representações lá em casa para a família e vizinhos", etc.

O que é que será que os actores porno respondem a estas perguntas? Deve ser qualquer coisa do tipo "pois, quando a minha mãe ou irmã levava amigas lá a casa, eu costumava disfarçar-me de canalizador, tratador de piscina ou jardineiro e ia andando nu pela casa, a falar lascivamente em espanhol".

Por outro lado, quando se pergunta às modelos se sempre o quiseram ser, a resposta é quase invariavelmente que não. "Era tão feiosa e gorducha quando era pequenina" ou sobretudo "nunca pensei nisso, dado que era uma autêntica maria rapaz, fartava-me de jogar futebol e bater nos rapazes" e por aí fora.

Mas o que tem mais piada é mesmo quando lhes perguntam se têm algum cuidado com a alimentação. Não há nenhuma que diga que sim. É sempre qualquer coisa à volta de "Quem? Eu? Nada disso. Começo o dia com um pequeno-almoço de bacon, ovos, torradas, salsichas e batatas fritas. Ao almoço um cozido à portuguesa ou rojões à minhota e costumo rematar à noite com uma feijoada à transmontana ou um bitoque com ovo a cavalo. Nos intervalos das refeições como 2 ou 3 kgs de Gelado ou Chocolate. Não faço sacrifício nenhum nesse aspecto..."




terça-feira, julho 13, 2004

ALTA FIDELIDADE

É com um saco de gelo encostado à virilha que estou em frente ao computador a escrever... Não, não é uma tentativa desesperada de refrear alguns ímpetos. E não, também não é resultado de alguma tentativa minha mais entusiasmada que ela tentou evitar.

Enquanto sinto o frio a entranhar-se, li mais uma vez algo que já vi várias vezes por aí (com a qual aliás não sei se concordo muito) e que é que os verdadeiros Don Juan não são aqueles que conquistam várias mulheres, mas sim aqueles que conseguem manter a mesma, conquistando-a continuamente. O motivo para tal é que será muito mais difícil.

Ora aí está uma boa desculpa para a crescente infidelidade que há por aí. É natural que um homem inteligente não vá pelo caminho mais difícil, não é?




O PESADELO

Longe de mim discordar da decisão do Presidente da República, anunciada na última 6ª feira. No entanto, depois de se demorar 15 dias para tomar uma decisão destas, a pergunta que surge naturalmente é: que alternativas é que ele esteve a considerar?

- Fugir do país?
- Entregar Portugal à Europa e esperar que tudo corra pelo melhor?
- Queimar o país inteiro? (Aqui ainda havia o problema do custo, com o preço a que está o petróleo)

É que só face a estas alternativas se consegue perceber o tempo que se demorou a decidir. E mesmo assim não sei se terá sido a melhor opção.

Vamos lá a pensar um bocadinho no caso: será que se deveria confiar na decisão do homem que escolheu a Maria José Ritta como a mulher com quem quer viver o resto da vida? Não me parece...




segunda-feira, julho 12, 2004

FANTASIAS

Ainda no outro dia, numa sondagem que vi aqui, confirmei mais uma vez aquilo que se costuma dizer: a maior fantasia sexual dos homens é ir para a cama com duas mulheres.

Apesar de não dizer qual é a minha, digo-vos desde já que não é esta. Quanto mais não fosse, pelo simples motivo de que não há muito mais que se possa fazer com duas ao mesmo tempo que não se faça só com uma (não sei porquê, já estou quase a ouvir os gritos de discordância de um ou outro elemento, que não vou identificar).

Por outro lado, podia sempre argumentar que o principal motivo pelo qual essa não seria a minha fantasia, era o de já ser a realidade...;-)

Mas acima de tudo, o mais estranho para mim nesta fantasia é que calculo que grande parte das pessoas que a têm nem conta de uma conseguem dar satisfatoriamente, quanto mais de duas. É nitidamente aquilo a que se chama ter mais olhos que barriga (ou mais... nevermind, vamos manter isto decente)...

Já no caso das mulheres, seria bem mais lógico que a sua fantasia fosse ir para a cama com dois homens (e nem vos vou explicar porquê, que me parece que vocês já têm idade para conseguir chegar lá sozinhos). No entanto, não me parece que esteja sequer no topo da lista delas. Aliás, pensando bem no caso, estou a ficar curioso por saber quais serão as que ocupam o topo da lista. Alguém tem dicas?




sexta-feira, julho 09, 2004

"Beep" que pariu as pipocas!

Peço já desculpa aos leitores mais sensíveis pelo palavreado que vou usar neste post. (Nem sei se o nosso moderado Bem Visto o publicará sem substituir uma ou outra palavra por um "beep" que, se tivesse cor, seria azul.) Mas tenho que libertar esta tensão. E antes aqui, que a dar porrada na mulher.

Hoje fui ao cinema.

Sentados à minha direita, na fila atrás de mim, estavam os cabrões de dois putos municiados de pipocas para a sessão inteira. Depois de dez minutos, os filhos da "beep" começam a mastigar a merda das pipocas cagando-se completamente para o resto do pessoal. Como se não bastasse, os porcos eram da espécie nojenta que mastiga com a boca aberta. Quase não me consegui concentrar no filme... Dei por mim concentrado no ruido da porra dos fedelhos. E este vício apaneleirado de comer pipocas deve ser contagioso porque notei que em outros cantos da sala acontecia o mesmo. Já completamente "beep" com os putos, comecei a prestar mais atenção ao ruído que ao filme. Entretanto, espero que pelos meus olhares tipo "Vou aí e enfio-te essa porra no "beep"!", os gajos perceberam que incomodavam e pararam. Voltei a concentrar-me na tela. Gajos sem respeito e sem maneiras, não deviam ter direitos.

Proibam aquela porra durante os filmes, "beep"! Ganhem (ou melhor, roubem)dinheiro noutro lado - aumentem o preço dos bilhetes, "beep"! Façam sessões para comedores e para não comedores! Se me aparece na frente outro porco com um pacote de pipocas no início de um filme, em vez de ir mijar à casa de banho mijo-lhe nas pipocas. Assim já não deve fazer barulho...
McGyver




O ENGATE

E para acabar esta semana em beleza, vamos terminar por onde tudo começa, ou seja o engate. Vejo basicamente 4 passos fundamentais nesta importante e eterna arte:

1) Estabelecimento de contacto visual (no caso de desconhecidos);
2) Primeira Interacção verbal com a pessoa em causa (novamente, caso ninguém nos apresente);
3) fazer com que fique romanticamente interessada(o) em nós;
4) A concretização (ou o Primeiro Beijo, para os mais românticos).

Naturalmente, existem diversas situações em que os dois primeiros passos são ultrapassados facilmente (como quando são apresentados por algum amigo/a), podendo até o primeiro ser negligenciável ou não existir de todo (no conhecimento por via electrónica, por exemplo).

De qualquer forma, há que assumir que de forma geral todos estes passos são importantes, sendo que cada um de nós será mais forte em alguns deles e mais fraco noutros.

No caso português, o mais normal é que em discotecas ou bares, por exemplo, não se avance para além do primeiro passo. É aquilo a que se chama a f**inha à portuguesa: tu olhas, eu olho, tu olhas mais, eu olho insistentemente, tu olhas outra vez, eu já estou a olhar para outra, acabou!

Isto porque, em geral, o 2º passo é o mais complicado: exige mais à vontade, desfaçatez e até mesmo algum talento. Isto porque não só exige um compromisso e acção que vai para além do mero olhar, como também já envolve terceiros (os nossos amigos e a possibilidade de humilhação face a eles, as amigas dela e o seu instinto protector + a humilhação face a elas), criando condicionantes que vão aumentar a complexidade do sistema.

Qual é a melhor maneira então de se abordar um estranho neste ambiente? Há quem tente o humor (sempre uma boa opção), há quem tente a abordagem descontraída, a abordagem apaixonada, a abordagem marialva, enfim, uma infinidade de possibilidades...

Com certeza que abordaremos no futuro os outros dois pontos, mas gostava para já de saber a vossa opinião relativamente à ultrapassagem das dificuldades apresentadas no 2º ponto (sobretudo a das meninas, que serão, presumo eu, o alvo preferencial...:-)

Basicamente, qual é a killer pick-up line?




quinta-feira, julho 08, 2004

QUÉ FRÔ?

Ainda está para chegar o dia em que alguém me vai conseguir explicar, de forma articulada e lógica, porque é que as mulheres gostam tanto de receber flores. É que sinceramente não consigo perceber.

É que podemos fazer tudo e mais alguma coisa para lhes agradar, mas não há quase nada que chegue aos calcanhares de uma oferta de flores.

- Será que é por serem tão caras? (não me parece)
- Será por ficarem bem numa jarra na sala? (também não me parece)
- Será que é por pensarem que nós nos dedicámos muito? (não sei se elas sabem, mas nós só chegámos à florista e dizemos "pode ser aquele ali?").

E o pior ainda é quando se aparece de surpresa com um bonito ramo de flores e elas dizem "Bem, o que é que andaste a fazer para agora teres de me oferecer flores"?

Por outro lado, até há pouco tempo pensava que os indianos eram particularmente românticos, por andarem aí às voltas noites a fio a oferecer flores. Foi até ir a Madrid e ver que em Espanha são os chineses que andam por aí a perguntar "Quiele Flô? 1 Eulo..."




quarta-feira, julho 07, 2004

A ESCOLHA

Na sequência de uma série de comentários ao post anterior, acabou por se discutir de que forma as pessoas acabam por escolher os seus parceiros. Há quem tenha falado de química, de atracção física, charme, sentido de humor, etc.

Naturalmente que haverá toda uma série de critérios para esta selecção, uns mais racionais, outros mais intuitivos e outros então vá-se lá saber porquê. Basicamente, pode-se dividir em três categorias:

a) a mulher como objecto sexual;
b) a mulher como electrodoméstico;
c) a mulher como companheira.

O ideal seria combinar os três (é só uma piada, que não era positivo que o BV fosse o primeiro blog a ser vetado pela Liga Feminista Portuguesa), mas isso é razoavelmente complicado. Talvez se consiga alguma das três combinações de dois, mas também não é fácil. Resta assim a igualmente difícil situação de escolher apenas uma das três opções.

Por outro lado, dizem que um homem costuma escolher como mulher com que vai casar alguém que seja parecido com a sua mãe. O que é acontece aos orfãos que não chegaram a conhecer a mãe? Ficam solteiros? Rendem-se à homosexualidade? E neste último caso, escolhem alguém parecido com o pai? E se a mãe for mesmo feia e insuportável? Isto é mais complicado do que parece...




terça-feira, julho 06, 2004

EGO

Contrariamente ao que se poderia pensar, o facto de se ter uma namorada faz mais pelo ego de um homem do que o ter algumas aventuras amorosas aqui e ali.

E nem sequer é pelo facto de haver uma pessoa inteiramente dedicada à nossa pessoa, que terá optado por se ligar exclusivamente a nós. É mais pelo facto de elas nos convencerem de que metade das mulheres que conhecemos ou que vemos por aí estão interessadas em nós.

"A não sei quantas não tirou os olhos de ti a festa toda", "a não sei que mais há não sei quanto tempo que se anda a atirar a ti. E à minha frente...", "Essa $"#% não te larga. Sempre a mandar SMS's e não sei quê". É qualquer coisa de impressionante...

Claro que por outro lado isso pode ter consequências nefastas. Se elas abusam muito disso, ainda nos convencem de que somos a dádiva de Deus às mulheres e acabamos com elas para podermos aproveitar todo esse interesse.

Isso é mau quer para nós, que acabamos por descobrir que era só imaginação delas, quer para elas que ficam sem nós...




sábado, julho 03, 2004

SADOMASOQUISMO

Vocês já repararam que as músicas que mais se têm ouvido ao longo do último mês em Portugal parecem quase um hino ao sadomasoquismo?

- De um lado, está uma a cantar "Comam-me à força!"
- O outro responde-lhe "Menos ais, menos ais!".

Não sei se me parece bem...




sexta-feira, julho 02, 2004

DEVOLUÇÃO

Será que quando uma pessoa se copia a si próprio também é plágio? Apeteceu-me também pôr este aqui, quando ele originalmente tinha sido colocado aqui. No fundo, é mais sinergia do que plágio...;-)

"Muito se comentou nos últimos dias que 5 dos 6 golos da selecção nacional no Euro 2004 até aos quartos de final foram marcados por jogadores saídos do banco, na sequência de substituições cirúrgicas de Scolari.

Já hoje, Scolari decidiu mandar para o banco os jogadores que marcaram os golos do Portugal-Holanda. Acho bem. Há que devolver o que se tirou..."




Estes difíceis amores

As minhas desculpas ao Júlio por lhe ter copiado o título.

Antigamente:

Vivia-se com os pais ou, quando trabalho ou estudo exigiam outra cidade, com um parente ou conhecido de confiança. Namorava-se só ao fim de semana - na sala, com os olhos. Casava-se cedo. Perdia-se a virgindade na noite de núpcias. Em um ou dois anos chegavam os filhos. O casamento era para a vida. A felicidade era secundária. Vivia-se.

Hoje:

Vive-se sozinho. O prazer do sexo precipita relações e experiências. Namora-se onde calha - com a boca e com as mãos. Não há virgens. Não se pensa em autonomia. A independência é uma ilusão. Juntamo-nos. Separamo-nos. Coleccionamos fotografias de relações. Vive-se. Sofre-se. Cada vez menos a felicidade é algo que dura.

Nos idos tempos do antigamente, os namoros eram sempre à distância. Os namorados não estavam juntos. o tempo que partilhavam era insuficiente para se conhecerem. Apaixonavam-se pela imagem que faziam do outro. Depois de trocarem alianças podiam desiludir-se mas conformavam-se - muitas coisas na vida eram mais importantes que o amor: um filho, uma vida confortável, a estabilidade.

Hoje a vida é mais rápida. As pessoas estão afectivamente e carnalmente juntas. Sempre à distância de um telefonema - a intimidade é fácil. As descobertas precipitam-se e as relações esgotam-se a uma velocidade alucinante. Somos mais exigentes. E egoistas. Queremos amor, queremos atenção, queremos sexo. Queremos pessoas que valham a pena. Queremos, no fundo, pessoas que valham o nosso tempo.

E há por aí tanta gente que não vale a pena, embora faça questão de o parecer. E há por aí tanta gente que merece TODO o nosso tempo, e não consegue sair de baixo de uma fina capa de aparente desinteresse.

Um conselho: Vivam devagar. Falem devagar. Ouçam devagar. Amem devagarinho.
McGyver




quinta-feira, julho 01, 2004

ESTA GENTE NUNCA ESTÁ SATISFEITA

Normalmente, para se aferir qual a atitude que uma pessoa tem perante a vida, pergunta-se se um copo com uma determinada quantidade de líquido está meio cheio ou meio vazio.

Para o Bloco de Esquerda, essa pergunta nem se põe. O copo está sempre quase vazio. A única questão a colocar é se o copo está rachado ou partido.

É que não há maneira de ficarem satisfeitos. Depois de dois anos a queixarem-se de que este era o pior governo desde o 25 de Abril, agora que esse mesmo governo acabou, pelos motivos que se sabem, reclamam que vai acabar...

É que não há grande paciência. Podem sempre ler um post aqui com o qual se pode dizer que concordo...

Calculo que seja por isso que são considerados a verdadeira oposição. Porque uma coisa é certa: independentemente do assunto que for, eles opõem-se. Podem não saber porque razão, podem não ter ideia do que é, mas opõem-se...





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